Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável

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    Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável

    Viver sem direção é perigoso. Se você começou 2018 sem saber pra onde ir ou onde quer chegar, precisa se preocupar já com estas questões – é esta definição que separa os sobreviventes dos realizadores. Descubra nesta reflexão por que estabelecer e perseguir uma direção é importante para sua vida e de seu negócio.

    By | 2018-01-10T21:26:44+00:00 10/01/2018|Dia a Dia|0 Comentários

Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável

Sim, o título deste artigo é um clichê –  necessário, mas que até hoje não recebe a devida importância. Viver sem direção é um problema.

Se você já começou 2018 com os próximos 12 meses planejados, com ações, metas e objetivos à serem cumpridos até o fim do ano, e ainda, estipulou indicadores para acompanhar isso tudo, meus parabéns. Você é do tipo raro que tem visão de longo prazo e foco nas prioridades. Por outro lado, se ainda não o fez, isso não te torna menos inteligente, mas você precisa se preocupar já com estas questões. Não se trata de planejar a viagem do próximo feriadão ou se livrar das dívidas do verão – isso faz parte, mas são planos rasos e de curto alcance que dificilmente pouco vão contribuir muito além de dar uma levantada na sua autoestima.

A questão aqui não é ter, por exemplo, o tal planejamento estratégico corporativo, aquele PowerPoint gigante e chato que lista uma série de decisões para os próximos 2, 5 e até 10 anos, mas uma direção que oriente suas tomadas de decisões. E nesta reflexão serão apresentados três pontos que, esperamos, lhe mostrem a importância de se ter uma bussola para suas direções – pessoais e profissionais.

Aliás, direção é muito mais que planejamento. Não aprofundaremos em descrições e definições, mas um planejamento é apenas uma das inúmeras ferramentas que te ajudam a definir/seguir direção. Direção, de certa forma, é um senso de propósito, de objetivo e realização, o que te faz levantar da cama dia após dia, mesmo que por vezes sua rotina não te anime muito. E essa direção tanto pode ser um projeto de vida como uma fase, um momento pelo qual se passa.

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Direção é filtro

Direção é um filtro para suas decisões. Se, por exemplo, seu objetivo para 2018 é comprar um carro, você precisa tomar uma série de decisões práticas e alinhadas em função disso: Você comprará um carro novo ou usado? De qual marca? Qual faixa de preço? De onde virá o dinheiro para isso – já o tem guardado ou vai juntar? Vai comprar seu carro à vista ou financiado? Quanto será à entrada? Vai fazer um empréstimo? Quanto da sua renda será absorvida para pagar com segurança as parcelas e/ou custos do seu novo bem? Você está preparado para lidar com imprevistos (viagem, saúde, emprego) sem ter de se desfazer do seu novo automóvel? Você já tem sua carteira de habilitação?

De forma superficial e muito rápida foram listados pelo menos 10 pontos importantes do seu “Projeto Carro”. Para viabilizar tal projeto é necessário que você empenhe esforços e seja realista em cada aspecto, analisando com calma as consequências de cada escolha.

Em outras palavras, sua intenção na direção de comprar o tal carro vai te ajudar a definir que escolhas você tem que tomar que te ajudam a chegar cada vez mais perto de realizar e concluir seu plano. É sempre mais fácil tomar decisões todos os dias quando se tem uma direção clara. Ter foco e disciplina é uma outra história – digna de outro artigo, diga-se de passagem.

Direção é crescimento

Não importa sua condição financeira, seu projeto de vida ou as atividades da sua rotina. Estabelecer e se manter na direção desejada é uma forma de avaliar seu crescimento pessoal, sob duas óticas diferentes.

Em primeiro lugar, se se tem alcançado tais objetivos, mesmo que com ajustes no meio do caminho. Usando a metáfora do nosso clichê de navegação, quando se está em alto mar é preciso lutar e vencer as ondas, contornar temporais, desviar de pedras ou corais, e por aí vai. Em outras palavras, por mais que se saiba o destino e o caminho, existem situações ou fatores os quais não controlamos que influenciarão nossa jornada. Mais uma vez, é nossa capacidade de manter o foco na direção desejada que vai nos mostrar como devemos ajustar nossa rota para vencer os imprevistos e alcançar a situação desejada.

O índice de sucesso desses empreendimentos pode indicar diversas situações. Se os objetivos são realistas e factíveis, se as condições do ambiente ou a situação atual são favoráveis, se a postura e as decisões diante da jornada têm, de fato, sido as mais acertadas e se a direção estabelecida é realmente o que se quer alcançar. Neste aspecto, sinceridade e autoconhecimento contribuem com a viabilidade dos objetivos e, consequentemente, com a efetividade das decisões.

A partir disso, e em segundo lugar, a sequência de direções estabelecidas e ajustes feitos compõem as histórias das nossas vidas, negócios, organizações, empreendimentos, etc. E é por isso, repetindo o parágrafo anterior, que escolher uma direção requer um pensamento muito sincero e racional, exigindo autoconhecimento e conhecimento dos riscos de cada jornada. Ao olhar para cada etapa destas histórias é possível acompanhar a própria evolução de mentalidade, de maturidade, de autocontrole e de senso de plenitude.

Direção é legado

O terceiro e último ponto desta reflexão é a consequência do ponto anterior. A história nos conta sobre inúmeros pensadores, inventores, sonhadores, grandes nomes da humanidade, e que só se tornaram destaques por que, independente da área de atuação ou da conquista alcançada, tinham visões claras do que queriam ser e onde queriam chegar – mesmo que isso mudasse ao longo de suas vidas.

Não me aprofundarei na história destas personalidades, mas percebe-se, através de suas biografias, que Steve Jobs, Joy Mangano, Walt Disney, Santos Dumont e tantos outros, perseguiram, com unhas e dentes, seus objetivos. Todos tiveram altos e baixos, percalços, desvios, desânimos e tiveram muito jogo de cintura para conseguir realizar o que sonharam. E a consequência disso foram os legados que deixaram e que transformarão nossas vidas para sempre.

Viver sem direção é perigoso. Pensando em negócios, ausência de direção se traduz em ausência de desempenho, de parâmetro para saber se as coisas vão bem ou não. É integrando a direção almejada com os traços de cultura da organização que se definem inúmeros parâmetros da organização: qual estrutura vai gerenciar as tomadas de decisão, quais os métodos para gerenciar a rotina da empresa e que gerarão resultados e como esses resultados contribuem para a jornada estabelecida – e isso só é possível quando se tem uma visão clara de onde se quer chegar.

Já pensando em pessoas, não ter direção significa apenas sobreviver – ou como se diz tanto ultimamente, apenas pagar boletos. Viver sem senso de propósito e realização, material ou não, é uma das maiores tristezas de um ser humano. Herdamos dos nossos ancestrais primitivos esse senso de recompensa, satisfação e autopremiação de se conquistar qualquer coisa. A busca por propósito é tão antiga quanto a própria manifestação da consciência humana e isto é algo intensamente estudado pela psicologia – como a falta de senso de propósito pode ‘definhar’ um ser humano, uma sociedade ou uma civilização.

Então, hoje mesmo e com frequência daqui para frente, separe uns minutinhos para pensar em si mesmo ou no seu negócio, em sua situação, seus desejos, vontades e necessidades e defina a direção e as rotas que se quer percorrer em 2018 e nos anos que virão. Vamos navegar?

By | 2018-01-10T21:26:44+00:00 10/01/2018|Dia a Dia|0 Comentários

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